segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ficou para trás....


Os dias eram passados nesta sala ... o trabalho era minucioso mas M sentia-se "como um peixe dentro de água" ...
Um dia recebeu uma proposta para se inscrever num curso e tirar o diploma de eletricista. M ficou entusiasmada mas, à medida que os dias foram passando, o medo tomou conta dela e amansou a euforia.  M. recusou o convite ... ficou para trás um sonho ... ficou para trás uma lista com um M de mulher que poderia ter sido quiçá a primeira eletricista diplomada na Madeira...







sexta-feira, 27 de novembro de 2015

NÓS… NO MUNDO



Ontem, o Manuel foi entrevistado para a Atlântida da semana que vem.







Já o Augusto tinha sido, na semana passada ( http://www.rtp.pt/play/p1738/atlantida).

O Projeto Memórias das Gentes que fazem a História apresenta-se ao mundo. Cheio de histórias e de notícias de outros tempos, de uma Madeira que, um dia, se fez ao mar e foi.
 
Augusto contou de necessidade de mudar a vida; o Manuel contará do medo da guerra colonial; Augusto falou do Brasil e da Austrália; o Manuel contará de uma África do Sul dividida; Augusto já era um homem, Manuel era um menino…


 
Esperamos, agora a sua história… Ficamos à espera do seu contributo para que a História da emigração se escreva… INTEIRA...
Contacte-nos, sim?

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Clandestinos

Às vezes, era uma aventura; muitas vezes,   desespero...
Às vezes, dava certo; outras vezes, eram apanhados e presos...
Às vezes, valia a pena; outras...


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Afinal, não era o El-Dorado


Tinha quinze anos quando se casou. O noivo regressou para a Venezuela onde vivia desde criança, deixando-a menina casada, sob o olhar dos pais, dos sogros e das gentes da freguesia.
Havia de regressar dois anos depois, para a vir buscar...
Foram no Santa Maria. Custou-lhe a despedida da mãe e das irmãs que ficaram na ilha, mas foi contente... Nunca tinha vista uma coisa assim. Refere-se ao barco: às salas de baile, as piscinas. Sabiam que, nos outros andares havia festas. Eles, porém, em Terceira classe, falavam da vida, das dificuldades, da esperança.
Quando Ermelinda chegou a Caracas ,  ficou “chocada”. A vida era dura, as condições precárias, viviam com outras pessoas, na mesma casa. A Venezuela, afinal, não era o El-Dorado... 

Naquela altura, porém,  os emigrantes ajudavam-se muito uns aos outros. Chegavam lá sem dinheiro mas havia sempre quem estivesse disposto a ajudar, a dar sociedade num negócio para possibilitar começar a vida. E recomeçar. No duro.
Teve muitos filhos. Muita vontade de regressar. A sua casa era na ilha.
Chama-se Ermelinda. E tem ainda a força da vida. É uma das nossas colaboradoras do Projeto Memórias...
A última viagem. A de regresso.
 
 
 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

As Fronteiras da Mobilidade



Nos dias 12 e 13 de novembro estivemos a debater as Fronteiras da Mobilidade ... as portas estiveram abertas ...

fica aqui o registo de alguns momentos 






segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Newsletter 36. Mobilidades

"Na fronteira das mobilidades, naquele lugar exato onde o partir e o chegar se encontram, num tempo presente, com representações do passado e uma vontade imensa de futuro, mora a vida de tantos homens e de tantas mulheres que, um dia, saíram da sua terra, em busca de uma vida melhor."

No CEHA, dias 12 e 13 de novembro, com entrada livre a todo o público interessado, debateremos questões de mobilidades, de fronteiras – naturais, reais ou imaginárias; refletir-se-á sobre os novos conceitos que emergem do (des)equilíbrio entre migrantes e nativos, nas implicações que a (in)constante mobilidade vem trazer para o espaço geográfico, social, cultural e literário. Falar-se-á de memórias transfronteiriças, de escritas, de imigrantes, de doentes, de linguística, de saudade e de ilha(s).

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A Casa do Penedo






A porta está sempre aberta ... entrámos  .... o mirante tirou-nos a respiração ... deixámos-nos ficar ... assim... sem mais nada ... a ouvir  o que o tempo tem guardado ... a sentir o murmurar do basalto ... o muralhar do mar lá ao fundo .. a ravina envolta numa espécie de algodão doce ... as quedas de água rebeldes e o vento manso que desce serra abaixo ...

... e depois ... depois dêmos tempo ao tempo ... e ouvimos o que Beatriz Silva e Manuel Rodrigues têm para contar ... são eles os guardiões da Casa do Penedo...

... porque a casa é o nosso canto do mundo ...






quarta-feira, 4 de novembro de 2015

é tempo de tapar o vinho



Ontem fomos para o Norte .  O sol brilhava desembaraçado.As folhas da vinha já perderam a sua cor vinhática, fazendo lembrar que a vindima terminou já e que, em breve, será tempo de preparar de novo as parreiras. 
Na adega da Casa do Penedo, várias pipas alinhadas guardavam com candura o vinho tratado pelas mãos de quem sabe .... estamos na primeira lua minguante de novembro. É tempo de tapar o vinho. 






segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ainda se lembram?


.....ontem foi dia de Pão-Por-Deus ... e de repente, as cascas das nozes transformaram-se em grilinhos...