Projeto


História não é apenas o registo dos acontecimentos mais importantes e a memória dos heróis e personalidades. A História é também a História da gente anónima, daqueles ditos sem história.
Alberto Vieira

                A História faz-se também das histórias da vida privada, dos documentos que se guardam em caixas que o tempo faz amarelecer ou em memórias que os anos levam e inevitavelmente se perdem.  O Projeto Memória (das histórias das gentes que fazem a História) tem, assim, como propósito primeiro, não deixar perder essas fontes que atribuem, muitas vezes, significado aos documentos oficiais que, tradicionalmente, são o objeto de estudo das Ciências Sociais e dão alma à História. 
            Pretende-se assim, recolher, salvaguardar e estudar [com o devido respeito à privacidade das pessoas e das famílias] os conteúdos dos arquivos pessoais e familiares: cartas, postais, diários, fotografias, documentos avulsos. 
Pretende-se dar voz às memórias guardadas no fundo do peito, porque elas são fundamentais para entender a Memória coletiva de quem somos: são saudades molhada do sal de outros mares, segredos, cartas de chamada a preparar partidas, provas de vida do soldado que tinha ido lutar pela pátria, imagens de ausentes, palavras de quem, não está  ou de quem ficou em casa, à espera.
            O CEHA  pede, assim, a colaboração da comunidade, no sentido de disponibilizar esses documentos, de forma a que possam ser digitalizados, disponibilizados e estudados, com a  garantia de que todas as vontades serão respeitadas, no sentido de apenas serem reveladas as informações autorizadas em documento próprio. 

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