segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Newsletter nº 13 - Um ano de Memórias
Por entre memórias, percorremos o tempo, à procura de outras histórias para a história da ilha. Durante um ano, redondo, fomos partilhando informações, deixando recados do passado, trazendo, ao presente, retalhos de vidas, de situações, de medos e de coragens, de fugas e de sucessos.
Histórias ... de vida
De Augusto, do lado de lá do mundo, chegou-nos este texto:
Nasci na zona do Calhau, como se dizia nos anos 40. Ali,
viviam pescadores e bomboteiros, lado a lado com gente de “sangue azul” – os Ferras,
o Coronel Pereira, os Rodrigues da casa alta, os Abreus...
Augusto (o rapaz mais velho) e a família- Forte de São Tiago |
Ao lado da nossa casa, viviam o Joãozinho Sem Maldade e a
Luisinha, o Gordaça e a Menina Nazaré, os Serveteiros, a Mariazinha da Braza e
as suas quatro filhas lindas, uma das quais, a Cristina, foi a minha primeira
paixão.
E havia os amigos – os Japoneses, os filhos do Cambado, os
Canexas, entre outros que me acompanhavam nos banhos de mar e na Bilhardeira,
um jogo que, hoje, me faz lembrar o Cricket inglês
(continua)
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
O "DESENHO" DA GUERRA
Ontem, entrevistámos
José Faustino Diogo – professor aposentado, músico, homem de negócios.
Por entre lugares da vida – o Faial, o Funchal, o Porto Santo e Moçambique, foi
contando a sua história...
Na parte da guerra do
Ultramar, pegou numa folha branca, numa caneta e foi desenhando a geografia dos
sentimentos, o esquema das operações, as lógicas das vivências...
Fotografámos essa folha. É o desenho de um ano de vida
de um rapaz que, como todos os outros,
partiu... Estávamos em 1973. Rabiscos feitos por José Diogo, durante a entrevista |
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
À água |
J. A. Vieira foi o nosso último entrevistado. Além das
fotografias, trouxe-nos memórias de Moçambique, retratos de gente cujo nome não
sabe , mas que lhe ensinou que há mundos diferentes do nosso, cheiros
diferentes dos nossos, sonhos diferentes dos nossos.
No correr das folhas do álbum da guerra, foi contando o tempo...
Lembranças? Muitas. Saudades? Também.
Troféus |
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
RETRATOS ...
... de Moçambique
Pormenor da capa do álbum fotográfico |
Generoso, o Sr. Vieira fala de si, da guerra que foi fazer a
Moçambique, das imagens que não esquece e da alma nova que trouxe de lá.
Na primeira página daqueles retratos de 1971, um dos novos
heróis pátrios. O próprio. Com o olhar preso na distância de um futuro que pode
(ou não) começar ali, de uma uma vida que pode (ou não) acabar ali.
1ª página |
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
O ultramar dentro de um álbum
Um álbum de fotografias costuma guardar o tempo. Cada página
tem uma história que, por razão do momento, se quis guardar.
Recebemos este álbum da mão do Sr. Vieira. Contém
Moçambique: as gentes, a guerra, a juventude, as saudades, os medos. Revela-nos
uma memória – mais uma – do Ultramar, de homens e de armas, de cheiros,
- o cheiro do capim molhado fica para sempre em nós,
de mulheres, de camaradas,
- dependíamos uns dos outros,
da vida.
Ainda não nos tinha aparecido um álbum assim: específico
para aqueles 25 meses – foi o tempo do Sr. Vieira – longe daqui, na tropa.
Desvendaremos alguns destes retratos. Devagar. Porque é de vagar que a memória
é feita.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Memórias do mar
Das memórias das gentes, há histórias menos felizes. Um dia
– podia ser hoje – o mar encapelou-se. O céu desfez-se, líquido, sobre a
cidade. Estamos na foz da ribeira de S. João. Há de ser inverno. A Gruta – que
ainda era restaurante – mirava a força das ondas. À frente, a Pontinha segurava os barcos...
Fotografia cedida por Sílvio Fernandes
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
outras memórias
Por entre as memórias da ilha, fica o tempo. Hoje, apenas
para evocar lembranças que ainda moram no longe das nossas casas, duas
fotografias quase etnográficas. São parte do presépio que os Bombeiros da
Calheta construíram este ano. Outras memórias.
Dentro das nossas casas guardam-se papéis. A história. A da sua família. A da Madeira.
Venha ter connosco, sim?
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
APELO DE ANO NOVO
De regresso. Desta vez, para
lembrar que continuamos à sua espera. E para lhe dizer que precisamos da sua participação: 2014 é o seu ano!
Guarda ainda as cartas e os
aerogramas do tempo em que Angola, Moçambique, Guiné , ... faziam parte da
nossa vida, da nossa história, dos nossos medos e das nossas coragens?
O
projeto Memória das gentes que fazem a História gostaria muito de as estudar, de
perceber a humanidade que aquela guerra guardou, de entender as palavras com as
quais a ilha se escreveu nesse período do nosso passado.
E
cartas, documentos antigos, fotografias ou histórias que, se não contar,
vão morrer consigo? Tem? Por favor, contacte-nos!
Venha ter connosco. Venha
contar-nos a sua história. Estamos na Rua das Mercês, nº 8. Telefone-nos:
291214970.
Desejamos-lhe um Ano muito feliz!
A sua participação no nosso projeto é muito importante: para nós, para si, para
a ilha, para a ciência.
Subscrever:
Mensagens (Atom)