Um álbum de fotografias costuma guardar o tempo. Cada página
tem uma história que, por razão do momento, se quis guardar.
Recebemos este álbum da mão do Sr. Vieira. Contém
Moçambique: as gentes, a guerra, a juventude, as saudades, os medos. Revela-nos
uma memória – mais uma – do Ultramar, de homens e de armas, de cheiros,
- o cheiro do capim molhado fica para sempre em nós,
de mulheres, de camaradas,
- dependíamos uns dos outros,
da vida.
Ainda não nos tinha aparecido um álbum assim: específico
para aqueles 25 meses – foi o tempo do Sr. Vieira – longe daqui, na tropa.
Desvendaremos alguns destes retratos. Devagar. Porque é de vagar que a memória
é feita.
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