quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

sobre saudades

 

DE LONGE, CHEGOU-NOS OUTRA MEMÓRIA DA FESTA...      Sempre que chega Dezembro e o Natal, sinto que a Madeira toda participa da alegria profunda deste banquete do nosso Deus … "Dir-se-á naquele dia: aí tendes o vosso Deus …".    (...) Essa exultação de alegria e vida que é o Natal, está incrustado no ADN de cada madeirense que por estas datas limpam e pintam as casas para acolher o Menino, montam-se os presépios e também a lapinha madeirense, num ritual de festa e alegria de família; fazem-se as broas e os licores, os bolos de mel e os doces para a festa de Natal, e para partilhar nas missas de Parto: "Virgem do Parto, ó Maria, Senhora da Conceição…". Até a Criação se engalana e se veste de festa na abundância de flores de orquídeas, de sapatinhos … dá vontade de dizer com o salmista "tudo canta e grita de alegria!". As missas de Parto, tão originais e penso que originárias da Madeira, iniciam-se a 15 de Dezembro e nos fazem memória dos nove meses de gravidez de Maria, missas em que se canta, se convive, se partilha a mesa da Eucaristia e, no fim, a mesa das iguarias que cada um traz: broas, licores, carne vinha-lhos, cacau … junto com cânticos, violas, castanholas, braguinha … enfim, uma explosão de alegria, de convívio e de partilha.     (...) Longe da Madeira, bate no coração a saudade do Natal na Madeira, que é vivido com tanto carinho e participação e que, para mim, como já disse, sempre teve esse sabor de banquete do Reino e da vitória da alegria, do bem e da bondade, que é a vitória do Emmanuel, o Deus-connosco.     Arantza Uriarte



 




 

 

 


 

 

 

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