DESTA VEZ, O TEXTO NÃO É NOSSO. FOI-NOS ENVIADO POR MAIL, COMO REAÇÃO À NEWSLETTER Nº 10, PUBLICADA NO POST ANTERIOR.
Nasci na madrugada chuvosa e fria de 5 de Dezembro 1935 . Fui o primeiro filho de Mariazinha, como todos a chamavam. A minha mãe era filha da Virginia ( A Botica ) e de José (O Tita ). Meu pai, o Augusto, era mais conhecido como “O Quanza”.
Houve problemas com o parto, como era costume nesses dias, e eu vim ao mundo quase morrendo.
A minha Avó, correndo, me levou, embrulhado num xaile, até à igreja de Nossa Senhora do Socorro, acordando o bondoso padre Laurindo.
Lá foram até a igreja, minha Avó, explicando a urgência do Batizado. Ele perguntou, então, onde estavam os padrinhos.
Botica lhe respondeu, chorando, que não sabia que preciso naquelas circunstâncias.
Responde-lhe o padre:
- A madrinha pode ser Nossa Senhora do Socorro, mas precisamos de um padrinho.
Botica, aflita, correu para o adro da igreja, com a esperança de que alguma alma caridosa aparecesse .
Algum tempo depois, já perdendo a esperança, viu que, lá longe, vinha um homem alto e forte que ela reconheceu.
- Juanico, vem salvar meu neto que está morrendo e precisa ser Batizado.
Ele logo disse que sim e eu, o seu neto Antoninho, fui Batizado com todas as bênçãos.
Anos mais tarde, com 5 ou 6 anos de idade, via meu padrinho Juanico, que era como nós o chamávamos. Como era costume naqueles tempos, pedia-lhe:
- Padrinho a sua bênção,
e lá vinha uma moedinha. Mas o melhor eram as histórias que me contava, Ilhas maravilhosas, cobertas de praias de areias douradas, sereias lindas, Baleias do tamanho de um Vapor, papagaios que falavam e outras coisas que me deixavam a sonhar acordado. Hoje, muitas vezes, voltando ao passado, continuo a ver este homem,
alto e esbelto como um gentleman.
Augusto Sousa
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